segunda-feira, 21 de março de 2011

stronger than me

Well, I'm in trouble man, yeah, I am.
You sent me flying and I saw the hell
Well...
Fine.

Não, não há acesso para as suas portas
Quem?
Quem pediu pra sair?
Eu não pude deixar de ver
As ruínas que se sucederam
Quando você sumiu
E há quem diga que depois
De tanta encrenca,
De tantas encenações
O peito fica bruto
Se esquece das lamentações
Mas eu resisto em acreditar
As admirações é que vão pro ar
O vulnerável continua andando
Forte e cego como todo bom romântico.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Para o nu, e para o choro.

Eu não sou eterna. Eu não sou nada. O que eu tenho são dois olhos que te observam e observam o mundo, e ás vezes têm vontade de chorar.
Já me considero distante e longe de todo esse contato emocional que as pessoas podem ter. Sinto-me muito bem, e é verdade. Vou dormir tranquila, comigo mesma. Não espero delicadeza, tudo o que posso esperar é ser delicada. Ser mais ou menos isso que eu gostaria que existisse no mundo - e sei que existe, porque vejo -, mas talvez seja mais raro para comigo. Tudo bem. Sabe resignação? Mas uma resignação calma, de cabeça baixa e erguida ao mesmo tempo? É isso que possuo agora, e juro, quero continuar sentindo. Estou feliz sem ter raiva de quem é arrogante, de quem é seco e descuidado, de quem não se importa com uma lágrima a mais nesse mundo já inundado delas. Fico feliz por querer compreender a falta de momentos mais próximos que poderiam acontecer se estivessemos mais acordados para a vida, que fica agora e já já passa, muito provavelmente para o Nada. E sinto-me feliz por querer deixar feliz, por sentir-me feliz com uma felicidade a mais, apesar da minha inveja e da minha falta de capacidade para a pureza falsa que ostento.
E no mais, que bom que a natureza tem seu curso, e que eu posso acreditar nela. Porque sinto que, enquanto eu a observo, ela também me observa. E isso consola. Essa atenção já é uma grande demonstração de amor.
Amo mãos e sempre amarei. Nelas tem mais alma do que se parece.

quarta-feira, 2 de março de 2011

De fora, de dentro.

Eu não quero roubar a sua vida, entrar em tudo que te liga, cercar todo o seu terreno. Se o fizesse, não seria por obsessão, mas por pura curiosidade, mas nisso, não acho que vá acreditar, não de coração pelo menos.
E o que mais que eu podia dizer?
Gostaria de mais um café quente, porque a minha garganta está doendo bastante. E também de um amigo aqui nessa cidade. Afinal, tudo é lindo por aqui, mas preciso de um pouquinhozinho de voz cara-a-cara pra recuperar alguma beleza interna. Ou então sairei fotografando coisas aí, sem nem pensar em mais nada, porque nesses últimos tempos descobri uma coisa que serve pra eu recuperar um pouco do meu centro e da minha alma quando só sei olhar pra fora e indentificar distância de mim para com o resto do mundo e das pessoas que nele vivem, e essa coisa é olhar o que eu faço, de vez em quando, com o meu sentimento: arte. Olhar como se fosse de fora, e identificar algo leve ali, algo que eu não consigo identificar quando estou olhando como se fosse de dentro.