sexta-feira, 6 de novembro de 2009

cuspe rápido

Não tem resposta. Mentira, mentira, mentira. São carros lá na rua, e pessoas fumando, e eles olhando sempre pro mesmo lado, cruéis e pequenos e fúteis e machucadores como sempre. Obrigada, venho dizendo agora e mais depois: pois perpetuo a idiota esperança, que, de vez em quando, é fiel tanto quanto eu. Pois que estejam atolados correndo em direção ao que lhes é mais barato, e eu agora arrumo as troxas e sinto vontade de pegar a estrada sem piedade - e sumir até que percebam tarde demais e não tenham mas como correr atrás. E então que no dia eu possa lhes dizer: pecadores. Já que pegam o meu peito já vermelho-vinho, amaçetam com toda minucioside de um cirurgião e vêm dizer com voz doce um "olá". Já que fingem tanto quanto atores bons um simples afeto sincero e logo mais, além, dois minutos depois, são capazes de fazerem o que a humanidade teve o mesmo prazer de fazer a vida inteira: repetir. Sem dó nem piedade. Sem olhos nem nada mais. Incapazes, idiotas, cegos, novos, burros. E covardes. E fracos. E IGUAIS. Grite então com em tom alto: danem-se! Que caminhem assim do mesmo jeito como quiserem, que percam algo, muito talvez, valioso, sem querer, por falta de vida.

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Mandei uma mensagem ao tempo, pedindo-lhe demissão. E as regras dadas foram depostas, então. E eu pedi minha exclusão da secretaria que corre e anova, raiva,ta, e se acovarda diante de vida verdadeira de terra-ará dada a todos nós. E eu pedi um não-reloógio que não marcasse horas nem meses nem folias nem amores nem encruzilhadinuas - eu pedi só caderno de folha mesmo que servisse pra anotar tortamente os vividos.

(sono, sono, sono... e raiva, raiva. Querendo ou não, hora agora ou mais além, grito será vomitado feito jato.)

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