sexta-feira, 22 de abril de 2011

Um desenlace em meio ao turbilhão.

Eu preciso de algo que desconecte os fios vermelhos e deixe-os frouxos, feito linhas mal entrelaçadas, que não seguram, e que não vão mais me amarrar por dentro.
É preciso que seja possível haver o desvencilhamento do que aperta o ar, e não deixa que as coisas corram contínuas como uma música... eu preciso me esclarecer.
Por que esses sonhos latejam incessantes durante a noite, sem explicar tanta coisa, sem me livrar verdadeiramente? É necessário atendê-los, mas por outro lado, a vida fica tão pulsante nesse momento. Mas talvez tudo ainda esteja errado - menos o meu mísero ditado enlouquecedor, que por anos prendeu o que havia de amor pela vida, e pelo novo, a um único ser, e que agora não prende mais.
Você não sabe do que eu estou falando; talvez nem eu mesma saiba. Eu só tenho que continuar procurando o que é.
Agora estava branca...


Não escafurdie nos meus temas - de tanto viverem, tornaram-se vivos. É um experimento, não me reprima. As coisas voam de todo altas, passam pelas nuvens e caem perto, pousam, melhor dizendo. Lá no céu há um milagre, uma chuva clara caindo no seu rosto.
Eu não sinto, podes tu sentir? De cara sabia eu que não menos que muito eras: sim, muito! Palavras doces não são postas em bocas, delas saem por lá terem nascido...ou por antes, antes mesmo no coração, ou no que chamam de alma, por lá terem germinado. Tu não me assustas. Tu não me matas. Não! Matas. Derradeiramente, assim que permites que eu não saiba... mas eu sei. Daqui pra frente é por dentro que sei - é com olho interno que olho.
Se as coisas belas demoram pra crescer, então assim deixo tudo: quieto. Por mais que não me engane mais de que não sou quieta, procuro aquietar as palpitações. Melhor: acalmar o ego inflamado, irado por não alimentá-lo de satisfação. Até que agradeço, agora, agora que o violino trouxe mais eu para eu mesma, por irritar o ego palpitadeiro. Preciso da arte, e da mão, e do gosto de alguma coisa, mas nada de exibições, nada de obrigações. É um favor que me fazes: deixar que te experimente por verdade, com teus rumos e aflições. Algo demonstra o vento, isso me alegra. De nada me adianta expectativas...e quanto mais quebradas, mais realmente a realidade poderá me tocar. Quebre, continue por quebrar. As coisas tem de acontecer com liberdade, nada de consentimentos e aberturas para o ditador entrar.

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