sexta-feira, 13 de maio de 2011

And by protecting my heart truly, I got lost in the sounds...

Por favor esqueça dos meus dedos como dedos apenas. Queria que os visse então como dedos dançantes, assim está bom. Porque eles, os seus, quero dizer, assim são para mim - sempre os vejo desse jeito. (Sempre achei tão bonito alguém compartilhar algo com alguém, e ultimamente venho me fechando pra isso...em cada esquina, cada risada, é preciso estar armada? E a doçura que sobra é tão mecânica, sem organismo...)
Eu sempre achei tão bonito o que é bonito, e preferi as palavras cantadas, mas agora estou como um livro de Dostoievski. Tão dura e sarcástica, e pedindo licença para que não encostem... mas na verdade foi um pedido, não? Tornar-me independente, de qualquer amor, de qualquer necessidade, estar apta a sentir frio e agulhadas sem dor - e quem não sente dor, também tem um pouco de morte, não?
E que sonhos estranhos tive. Adormeci a noite e de dia, e prossigo adormecendo sempre...mas nos sonos sonhei, e sonhei feio. Eram lugares desconhecidos, passos sonâmbulos, eu fora de mim, e todo o resto de fora úmido, muitas pessoas, pouca roupa, bolo, arruaça descabida, sem nada, sem nada de presença.
Dura, dura... dura, pedra dura. Sem olhos cativos, nada de alegria. Nada de companhia, nada de lago profundo. Estou vivendo uma casca nova, toda sem contorno. Por que tanta risada? Por que tanto interesse? Eu costumava me preocupar com os seus sentimentos e agora estou como você... distante, egocêntrica. Um rosto esquecido, perdido nos desenhos, nos poucos apegos, nos vários medos, nos vários devaneios, e na fuga de achar que a liberdade é falta de cuidado e falta de pudor. Eu quero meu mundo de novo...
Então eu vou em busca de Yael, em busca do hebraico e do russo, e do garoto desprovido de lembrança, que falou em abraço antes de beijo.
The fact is that I'm still a child...
Ich bin noch eine Kinder.
E que erros são esses? Não sei o porquê do sentimento ruim... como carrasca, como estúpida. E sou isso? Entorpecida pelas más energias que não sabem que me são más... e as culpo, ainda por cima. Não quero ficar, mas não quero repudiar. E preciso, no entanto, aceitar a parte ruim que me vem, a fase pela qual passo. A verdade é que tento distanciar o que se aproxima, e que não quero que se aproxime, com voz alta e dureza, mas talvez eu deva tentar apenas ficar quieta. Sim? E mesmo assim, ainda existem presenças sublimes mesmo em um lugar tão novo... e eles não estão sempre por perto, mesmo eu querendo que estivessesem.

All my friends says that it's gonna get better, better better, better, better...

Por isso hoje, fiquei cansada de seriedade, tá bem? Não quero conversar sobre nada tão científico, nada tão masculino. E não quero também manter uma conversa falsa sobre egos que se aumentam...acho que pra mim foi demais. Acho que gostaria de estar naquele lugar aconchegante, tomando café e escutando little joy. Só preciso da risada de vocês, acho que seria esse o meu remédio... carinho que vem de longe, e já estabelecido.

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