domingo, 15 de maio de 2011

Árvore, pão e música.

Sinceramente, eu não quero mais ficar com a Depressão, ela já tomou por tempo demais o meu corpo e a minha história. Não quero mais achar tão difícil qualquer caso ou qualquer discplina, peço licença a tudo isso e prefiro seguir reto, ou em curvas, ou em atalhos, por outro caminho. Quero ficar respirando, e de olhos abertos, vendo o horizonte.
Licença, noites ruins, que se afundam e apertam meu peito sem nenhuma explicação aparente, trazendo agonia onde deveria haver calma, ou no mínimo silêncio. É só esfriar pra que eu começe a sentir um barril preto se aproximando, querendo me engolir e me deixar dentro do seu fundo, bem lá sozinha (muito estranho isso, será que é trauma?) - agora eu já sei que é só recriar meu mundo e pegar um pote de sucrilhos com leite pra que as coisas começem a melhorar.
Licença a vocês alguns, que não tem culpa alguma mas que me desnorteam, com certeza por total culpa minha, isso sim - mas desnorteam, mesmo assim. A encrenca interna em que me botam tem um bom tamanho, e nem imaginam o quanto...tudo se limita. Escuro fica, sem sentido fica, sem ar fica. E eu me perco num lugar apertado que não existe, mas, pensando bem, é só olhar adiante, pro novo, pro que nasce, pro que vem agora e está aqui, planta verde que busca sol. É que é isso: essa atmosfera em que estão circundados remete a mim, ao eu velho e entristecido, a todos os problemas de estar perdida, por razões mil, psicológicas ou fisiológicas, em que sempre estIVE. Desculpe mas preciso pedir licença e deixar a semente ir nascendo, que quando eu já for planta, volto pra conviver...
Então que haja vôo, e pulmões cheios, e amor livre e amor principalmente, sem tanta dificuldade. Então que eu me perca e me encontre na mesma noite, e acredite no próprio barco pra me esconder de toda tempestade. E que haja mar e árvore e arte e algo que aceite o meu doar, algo que também deixe eu receber - porque o que eu quero é trocar, marjoritariamente. Tudo bem se são farpas ou abraços, estou, e estamos, enfim, vivendo, e depois a gente pode deixar tudo bem, afinal não precisamos ser tolos e portanto rígidos como metal, certo?
E só queria dizer que há algo a mais na beleza, e isso há. Obrigada.

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