sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Rabisco.

Talvez eu esteja dentro disso, mas muito provavelmente não. Esperança? Um pouco, quem sabe? Enquanto é regada, enquanto ainda úmida, algo existe ali...

Depois, depois murcha. Encontrou já em alguma voz melancólica aquele último sopro de vida? Sim, é isso. Trovões, chuvas, terremotos, vulcões...pisões, pisões, pisões, uma lágrima, um sorriso de contentamento, um olhinho triste, e é isso, só isso. Depois, depois o fim. Inevitavelmente, naturalmente, quando a vida gastou, ela acaba, por assim dizer. Não por vontade, mas por acabar.
Assim é com o amor.
Assim é com a tristeza.
Assim é.

Entende?

(Sob a beteria, o baixo, a voz do Blues.)
De que saudade você está falando?
Não era pra sentir a derrota por dentro, não?
Mas os mansos ficam assim no final: sérios.
Só um esboço de riso
Só um pedaço de frustração
E partem fechando a porta.
É que cresceram, por fim.
Ficaram maiores que os seus vilões
E, principalmente, que seus heróis.
"Adeus pra sempre. Ou com sorte, a gente se vê por aí.
Fique com seus mistérios. Eles lhe são mais importantes, certo?
Mas fique bem."

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