domingo, 12 de junho de 2011

Tchau lero-lero

Prometi que não escreveria mais nada hoje, porque já escrevi demais. Mas não posso deixar passar uma coisa tão corriqueira...
Bem, não é bem assim. Poder, eu até podia, mas não quero, não.
Veja bem, acredita que tenho vergonha de olhar para uma foto sua? É que penso nas bobagens que você e seus amigos ainda tolinhos devem ter dito, e penso: como fui ser tão ingênua e transaparente justamente para os mais perigosos - os bobinhos que acreditam ser donos da lua? Que, justamente por possuirem tamanha ignorância, tornam-se ponteagudos? Olho para a sua foto e penso no quanto deve ter rido de mim, ou o quanto deve ter me menosprezado, e...poxa, que vergonha, não? É que, sabe, não era nada disso. Eu não precisava mesmo ter me preocupado tanto e tal, mas ah, preocupei-me né. Eu era assim mesmo antes: achava que o momento se resumia á pessoa, e não ao ambiente todo, o céu, as estrelas, as árvores grandes, a música, a moça cantando empolgada, as risadas amigas. Bem, talvez eu sempre resuma meus momentos nessa cidade a uma pessoa porque...onde está a liberdade e a novidade e a alegria nesse lugar? Sinceramente, de tão pequena, as pessoas aí acabam diminuindo também. Acho que prefiro então as conversas marginais e isoladas mesmo. Acho que prefiro o tempo com os especias e pronto. Preciso ser clara? É, oras, eu me canso mesmo das mesmas conversas e acabo precisando de aventura.
Ah, bem, vergonha pra que mesmo? Pode deixar que não tenho mais. Se precisam tanto de dureza e distância, oras, tento entender que é o tempo de vocês de perceberem que isso é ridiculamente inútil. E dou um sorriso. E vou caçar mamonas. E vou tocar uma músiquinha boa. E vou mergulhar no rio gelado. E vou falar besteira. Poxa. Poxa. Pra que mesmo tanta preocupação? Deus que me livre dessas idéias retardadas que eu tinha. Oh vontade de sofrer, que isso.
Enquanto isso, eu to na pista com alegria. Tchau lero-lero.

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