Não queria esquecer: gostava do nome Vinícius. E da palavra Varanda. E de sentar no alto para deixar as pernas balançando. E acabava de descobrir: gostava de se debruçar na janela quando ventava pra sentir o vento massagear o coro cabeludo. E amava a doçura do menino magrelo e discreto: ela sabia que ele sabia tudo.
Nos seus diários escreveu para depois (porque não era questão de ser agora, mas quase sempre era):
"Os outros têm uma espécie de cachorro farejador, dentro de cada um, eles mesmos não sabem. Isso feito um cachorro, que eles têm dentro deles, é que fareja, todo o tempo, se a gente por dentro da gente está mole, está sujo ou está ruim, ou errado... As pessôas, mesmas, não sabem. Mas, então, elas ficam assim com uma precisão de judiar com a gente..." - do João Guimarães Rosa, que esperto que era esse moço.
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