domingo, 4 de outubro de 2009

Sofia por fim entendera algo, em algum lugar que não bem sabia.
Entendera que ás vezes, quando é difícil demais estar perto dos fantasmas, por ser demasiado dolorido ver a maldade crescer dentro de si, a coisa a se fazer é se afastar - mesmo que possa isso ser chamado de fraqueza - sem muita culpa, sem mais relutância. Ir pra onde não exista muita presença, aquela que causa o medo maior; fugir até se tornar mais forte, até conseguir encarar o grande monstro como um não-monstro... fugir até se tornar.

Mas hoje sentira mais que isso. Por mais que fosse pequeno, e que houvesse ainda muito amargor na boca, provara o gosto doce de um gesto. E as pequenezas já há muito lhe bastavam... então também estava bom agora.

Depois do café, e da mão apoiada em sua coxa com delicadeza, e do encontro confuso de olhos, e da torta redonda de chocolate, e do não-saber, foi-se para casa com alegria.

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